Tipos de grãos para cultivo: como escolher o melhor?

Os grãos mais produzidos no mundo são o milho, o trigo, o arroz e a soja.

A agricultura de grãos é uma atividade muito tradicional do agronegócio, sendo uma commodity mundial importante.

Existem vários tipos de grãos para o cultivo, dentre eles os cereais e as leguminosas. Conhecer as diferenças entre eles é essencial para escolher qual o melhor para o plantio.

Confira neste artigo os tipos de grãos para cultivo e suas características. Boa leitura!

Tipos de grãos para cultivo

Hoje há uma variedade de grãos que podem ser cultivados para a alimentação humana e animal e como fonte de matéria-prima para as indústrias.

A qualidade do grão percebida através da aparência e propriedades físico-químicas vai determinar a forma de consumo.

É possível dividir os tipos de grãos para cultivo em dois grupos: os cereais e as leguminosas. Eles são ótimas fontes de proteína vegetal e ricos em nutrientes.

Além disso, essas commodities podem ser exportadas para vários países e também serem utilizadas no mercado interno.

Cereais

Os cereais são grãos comestíveis das plantas gramíneas que dão em espigas, como trigo, arroz e aveia. As gramíneas são plantas herbáceas que apresentam flores muito pequenas e frutos secos chamados grãos ou “cariopses”, compreendendo cerca de 8000 espécies.

Estas cariopses podem ser nuas, apresentando somente o gérmen, o endosperma e a membrana da semente ou apresentar a cariopse revestida, com a mesma estrutura revestida de uma casca.

A casca tem a maior concentração de vitaminas e minerais; o endosperma é rico em amido e o germém tem vitaminas E do complexo B.

No dia a dia costumamos ver os cereais comercializados em farinhas, farelos e flocos. Essa divisão é feita com base na alteração feita na matéria-prima, e não no tipo de produto.

Sendo assim, nos farelos são retiradas as cascas dos grãos. Se após a retirada da casca o cereal for moído, teremos a farinha. E por fim, se o alimento for prensado teremos os flocos.

Um cereal bastante consumido é o milho. O Brasil é o terceiro maior produtor desse grão do mundo, atrás apenas dos Estados Unidos e China, produzindo cerca de 100 milhões de toneladas do cereal.

No Brasil, os Estados do Paraná, São Paulo, Minas Gerais e Goiás são os maiores produtores do grão.

Já a produção do arroz é muito grande nos Estados do Rio Grande do Sul, Mato Grosso, Minas Gerais, Maranhão, Santa Catarina e Goiás.

Além da alimentação humana e animal, alguns países utilizam a palha do arroz para a produção de cestas e calçados.

Leguminosas

As leguminosas são um grupo alimentar que inclui frutos e sementes da família de plantas com flor chamadas de Fabaceae.

São grãos de diferentes texturas e tamanhos que dão em vagens, como feijão, grão-de-bico e lentilha.

No Brasil, a produção do feijão fica concentrada nos Estados do Paraná, Minas Gerais e Bahia.

As plantas que dão as leguminosas geralmente são baixas e rasteiras.

Eles também são fonte de vitaminas C, K e do complexo B (principalmente B1 e ácido fólico), elas possuem bons níveis de sais minerais, especialmente cálcio, ferro, fósforo, potássio e zinco.

As leguminosas fazem parte da alimentação básica de muitas culturas e são bastante utilizadas nas dietas veganas e vegetarianas.

Inclusive algumas leguminosas podem ser utilizadas na produção de óleos, como os grãos de soja e amendoim.

Considerações na hora da escolha

Na agricultura, a escolha dos tipos de grãos a serem cultivados é uma decisão que pode afetar diretamente o sucesso da colheita. Portanto, diversos fatores devem ser levados em consideração para garantir uma produção eficiente e sustentável.

Aqui estão algumas considerações importantes na hora de escolher qual tipo de grão plantar:

Clima e solo

O clima e o tipo de solo da região de cultivo são determinantes na escolha dos grãos a serem plantados.

Alguns grãos prosperam em climas quentes e secos, enquanto outros preferem climas mais úmidos. Por exemplo, nas regiões mais frias do Brasil, como Paraná e Santa Catarina, a produção de cevada e aveia são muito indicadas.

Além disso, as características do solo, como a acidez, a textura e a fertilidade, também influenciam na seleção da cultura a ser cultivada.

O Brasil é um dos principais produtores de grãos do mundo. As condições do clima e do solo favorecem bastante a colheita.

Entre os tipos de grãos mais produzidos no país, estão o arroz, o milho e o feijão. Sendo assim, a grande produção dos grãos favorece os produtores e a economia do Brasil.

Demanda de mercado

A demanda de mercado desempenha um papel importante na decisão de plantar um determinado tipo de grão. É essencial considerar as preferências dos consumidores e as tendências do mercado.

Alguns grãos podem ter uma demanda mais alta, o que pode resultar em preços melhores e lucros maiores.

Rotação de culturas

A rotação de culturas é uma prática comum na agricultura, que envolve alternar os tipos de grãos cultivados em cada safra ao longo do tempo.

Na prática, funciona mais ou menos assim: durante um ano o milho é semeado em uma determinada área. Após esse período, o grão deixa de ser cultivado e dá lugar ao feijão.

Essa prática promove alguns benefícios, como:

1. melhora a saúde do solo;
2. reduz o risco de pragas e doenças;
3. aumentar a produtividade.

A estratégia de rotação de culturas ajuda a melhorar a fertilidade do solo, restaurando nutrientes que estavam em falta ou usando nutrientes que estão em excesso.

Além disso, essa prática também reduz o prejuízo causado por pragas e doenças, já que o ciclo de vida das plantas que alimentam as pragas é interrompido.

A rotação de culturas é indicada quando o solo já está sobrecarregado e precisa repor nutrientes.

Dessa forma, cultivar culturas mais vulneráveis a certas pragas e doenças com aquelas que são mais resistentes é uma ótima forma de recuperar o solo.

Objetivos agrícolas

A agricultura é uma atividade que pode ser bastante lucrativa para os produtores, desde que associada a uma boa gestão.

Através da administração do negócio é possível ter um controle maior de todas as atividades que envolvem a fazenda, como: preparação do solo, gestão de custos, gestão do estoque, compra de maquinário, entre outros.

Uma gestão eficiente faz com que todos os processos estejam ligados entre si e sejam potencializados, o que ajuda a aumentar a produtividade e lucratividade. Por exemplo, um investimento em maquinário pode vir de um bom controle financeiro e mapeamento de custos de produção.

Dessa forma, o produtor rural pode obter mais dados de sua fazenda para tomar melhores decisões e lucrar cada vez mais.

No geral, o agronegócio é uma atividade que tem como objetivo gerar renda e aumentar o lucro do produtor rural.

Através de uma gestão eficiente e qualificada, o agricultor é capaz de gerar e diversificar sua fonte de renda.

Renda e rentabilidade

Uma boa rentabilidade é fundamental para que as fazendas e propriedades rurais consigam sobreviver.

A rentabilidade na agricultura não se limita apenas à obtenção de lucro, mas também envolve a garantia de que a agricultura seja uma atividade que dure muitos anos.

Através do uso responsável dos recursos naturais, da tecnologia apropriada e de uma gestão eficaz, os agricultores podem atender às suas necessidades financeiras e também desempenhar um papel fundamental no desenvolvimento econômico do país.

Diversificação

A diversificação é uma estratégia de cultivo de vários tipos de plantas cujo objetivo é reduzir os riscos relacionados à agricultura.

Quando se fala em grãos, diferentes culturas têm diferentes ciclos de crescimento e necessidades, por isso diversificar o plantio pode reduzir os impactos das condições climáticas e das variações de preços.

Para colocar essa estratégia em prática é necessário unir o manejo do solo com a redução dos riscos do clima e das mudanças no mercado.

Os processos que envolvem a diversificação da cultura de grãos podem trazer benefícios como:

1. melhora nas características do solo;
2. enriquece o solo de matéria orgânica;
3. diminui infestação de pragas e doenças;
4. retêm mais nutrientes;
5. compensa eventuais quedas nos preços de um grão com o ganho obtido em outro.

No entanto, a diversificação de culturas também possui algumas desvantagens em relação à monocultura (cultivo de um único produto agrícola).

Algumas desvantagens são:

1. Difícil elaboração de planejamento estratégico que atenda aos objetivos;
2. Necessidade de maiores investimentos, especialmente em maquinário;
3. Dificuldade de créditos e de investimentos em culturas de menor interesse.

A diversificação de culturas é capaz de aumentar a produtividade e a qualidade do solo, porém exige mais planejamento financeiro.

Para conquistar melhores resultados na diversificação da cultura de grãos, uma das estratégias é a multicultura.

Ela nada mais é do que o cultivo de diferentes tipos de grãos em uma área.
A prática de multicultura de grãos exige um monitoramento contínuo para que cada semente seja desenvolvida de maneira adequada.

Por isso, é importante registrar os dados de cultivo e colheita para garantir o sucesso da plantação.

Tecnologia e conhecimento

A relação entre atividade agrícola e tecnologia é chamada de Agricultura 4.0. Ela envolve o uso de inteligência artificial, internet das coisas e big data para reduzir os custos e aumentar a produtividade.

Para que esses objetivos sejam alcançados, o ideal é utilizar um software para fazer a gestão da fazenda.

Ele é um sistema que pode facilitar e elevar o negócio do produtor rural. Por meio do software, o agricultor pode fazer análises mais profundas e robustas de sua propriedade.

Além disso, ele é capaz de automatizar a gestão, promover uma visualização clara dos gastos que ajudam identificar onde é possível reduzir custos e aumentar a produtividade, tudo isso feito com base nos registros periódicos.

No entanto, não basta contar com tecnologias e softwares disponíveis para a gestão da fazenda se não tiver profissionais qualificados.

Também é muito importante investir no conhecimento de sua equipe para aprimorar a profissão e estar preparado para o futuro do agronegócio, principalmente com o surgimento de novas técnicas e tecnologias.

Tecnologias agrícolas

As tecnologias agrícolas são utilizadas na agricultura de grãos e promovem diversos benefícios para essa atividade.

A inteligência artificial tem sido utilizada na produção de soja para acelerar e padronizar a classificação dos grãos. O mecanismo é capaz de analisar os defeitos nos grãos de soja e emitir relatórios de qualidade do lote.

Capacitação

Os profissionais do agronegócio precisam estar em constante evolução para que os conhecimentos sejam multiplicados.

Assuntos relacionados ao plantio de diferentes culturas, gestão, tecnologia e finanças são os principais a serem aprendidos para uma capacitação completa.

O setor do agronegócio envolve várias áreas, como: agricultura, pecuária, agroindústrias, fabricantes de insumos, transportadoras, comércio e muito mais.

O profissional que trabalha com vários tipos de grãos precisa saber identificar os defeitos no produtos agrícolas. Alguns exemplos de defeitos são: grãos queimados, mofados, germinados e imaturos.

Ele também é responsável por avaliar a qualidade do grão para que, assim, ele possa sair da lavoura e ir para a indústria.

Através do trabalho desse profissional, o produtor consegue elevar a produtividade no campo e garantir a qualidade dos tipos de grãos.

Gestão: planejamento e acompanhamento

O planejamento e acompanhamento do cultivo de grãos são processos importantes para garantir o sucesso da colheita.

Da preparação do solo até o armazenamento dos grãos, diversos cuidados são necessários para conquistar melhores resultados.

Você sabe o que um sistema de gestão é capaz de fazer? Confira em: “Software de gestão agro: saiba 7 coisas que ele pode fazer”.

Plano de cultivo

O plano de cultivo é o processo que leva em consideração todos os fatores que podem influenciar a lavoura.

Confira alguns dos fatores abaixo:

1. condições climáticas;
2. qualidade do solo e da semente;
3. mão-de-obra para o plantio e colheita;
4. condições do maquinário;
5. logística de transporte;
6. demanda de mercado.

Fazer o planejamento correto do plantio permite compreender melhor o processo e estar preparado para qualquer problema que possa acontecer.

Monitoramento e adaptação

Após o plantio é necessário realizar o acompanhamento do desenvolvimento da planta para verificar a adaptação da semente ao solo. Se não tiver condições favoráveis, terá um baixo crescimento.

Isso porque durante um período mais longo de tempo as condições do clima podem afetar a produtividade da colheita.

Possuir todos os dados da colheita em mãos facilita a tomada de decisão do produtor rural e permite uma gestão mais qualificada.

Por isso, contratar um software para gerenciar a fazenda é a melhor solução para uma rotina mais simplificada e organizada.

Tem alguma dúvida sobre os tipos de grãos? Deixe seu comentário abaixo!