[ATUALIZADO] Preço dos fertilizantes 2024: veja as previsões do mercado

A estimativa para 2024 é que o preço dos fertilizantes continue caindo, assim como foi no ano anterior.

Preço dos fertilizantes (Envato Elements)

O ano de 2024 começa em ritmo bem diferente para o mercado de fertilizantes no Brasil, em comparação com o mesmo período de 2023.

Os preços dos fertilizantes caíram 3% no último mês, principalmente por conta da ureia, que diminuiu 12%. Em seguida está o cloreto de potássio que retraiu 4%, enquanto o fosfato monoamônico valorizou 2%.

De acordo com analistas de mercado, a tendência é que os preços se mantenham estáveis representando uma redução anual de 36% nos gastos com adubação

Neste cenário, as perspectivas são de aumento na compra de fertilizantes em 2024 e barateamento dos preços dos alimentos ao consumidor final. Confira neste artigo!

Como está a situação dos fertilizantes?

A situação dos fertilizantes em 2024 está bem mais confortável para o agricultor brasileiro do que em 2023.

A alta dos preços dos fertilizantes viraram alvo de preocupação, sobretudo porque, em meio a retração da economia, devido ao Covid-19, a Rússia entrou em guerra contra a Ucrânia.

Muitos produtores anteciparam a compra dos fertilizantes, em meio a corrida internacional pelo insumo, cujo fornecimento, mesmo com dificuldades por conta da guerra, foi mantido.

De acordo com a ANDA (Associação Nacional para Difusão de Adubos), em 2023 foram entregues ao mercado brasileiro 38.218.800 toneladas de adubos e fertilizantes de janeiro até outubro.

A quantidade é cerca de 7% menor que em 2022, quando foram entregues 41.077.519 toneladas.

Para 2024, a Mosaic prevê aumento de 3%, ou 1 milhão de toneladas, chegando a 42 milhões de toneladas.

Segundo analistas do Itaú BBA Agro, a perspectiva é de preços mais baixos no início de 2024 com as aquisições em volumes baixos até o início das compras dos EUA e China.

Evolução das entradas de fertilizantes no Brasil (Reprodução: Conab)

Preço dos fertilizantes em 2023

O preço dos fertilizantes em 2024 no Brasil seguem uma tendência de queda.

Segundo a consultoria de mercado Itaú BBA, a demanda por fertilizantes à base de fosfato e potássio seguem enfraquecidas no mundo, em especial devido às entradas de Estados Unidos e Europa nas compras desses macronutrientes, o que ainda não aconteceu.

Preço da ureia 2023

A tonelada da ureia está sendo comercializada por US$365 a $370, preço menor do que no ano passado. Em janeiro de 2023, foram importadas 679 mil toneladas deste insumo.

Segundo analistas, a boa disponibilidade do produto, somada ao fluxo de importações, pode ter pressionado as cotações.

As perspectivas são as de que nos próximos meses haja mais entregas ao mercado doméstico por conta do fim da janela de aplicação para o milho safrinha.

Preço do MAP 2023

Já os preços do fertilizante fosfatado (MAP) estão sendo cotados a US$ $560 a $565/t.

No Brasil, observa-se demanda mais sustentada em relação ao Hemisfério Norte, o que contribui para a manutenção dos preços nos portos brasileiros.

No cenário global, os preços dos fosfatados seguem pressionados pela baixa procura, segundo analistas do Itaú BBA Agro.

A chegada da primavera americana pode ter impacto positivo na demanda e nas cotações dos fosfatados.

Preço do potássio 2023

A tonelada do cloreto de potássio está em US$290 a $300. Em janeiro, os preços se mantiveram estáveis no Brasil, ao contrário do exterior.

As expectativas das negociações indianas do produto apontam para contratos com preços mais baixos para o ciclo 2023/24 e a demanda chinesa ainda está atrasada.

Assim, as perspectivas de analistas de mercado não apontam para alta dos preços no curto prazo.

Avaliação da Conab sobre o preço dos fertilizantes

Segundo a Conab, a cotação internacional do preço dos fertilizantes registrou máxima próxima das históricas em março e abril do ano passado e isso contribuiu para o atraso das compras no mercado interno.

Nos últimos meses, os preços das principais matérias-primas se aproximam do retorno aos níveis que antecederam a guerra da Ucrânia, o que prejudica a retomada da demanda.

O porto de Paranaguá (PR) recebeu em janeiro de 2023 cerca de 710 mil toneladas de fertilizantes, contra 530 mil do ano passado.

Na sequência, em janeiro, aparecem os portos do Arco Norte, que importaram 630 mil toneladas, especialmente o de Itaqui (MA), influenciado pela primeira rota ferroviária para o transporte de adubos a partir do porto, que começou a operar em novembro passado.

Está previsto para 2023, de acordo com fontes de mercado, a internalização variando de 500 a 700 mil toneladas em um sistema com capacidade operacional para 1,5 milhão.

O porto de Santos recebeu 460 mil toneladas, comparado com 320 mil toneladas ocorridas em janeiro passado.

Área de produção de potássio na Bielorússia (Foto: Envato Elements)

Preço dos fertilizantes: como a Perfarm auxilia na gestão

Os custos com fertilizantes estão entre os principais em uma safra agrícola, mas muitas vezes não se sabe o real valor que se gasta com esse insumo durante uma safra.

O sistema da Perfarm te auxilia tanto no planejamento quanto no registro e análise dos dados sobre os custos com fertilizantes.

É possível registrar no sistema todo o histórico de movimentações financeiras, cuja visualização pode ser feita com o uso de filtros por período ou categoria.

Com a Perfarm, você analisa as receitas e despesas, por meio de relatórios financeiros gerados automaticamente, e amplia a avaliação do seu agronegócio, tornando a gestão dos custos com insumos mais eficaz.

Por que o Brasil importa 80% dos seus fertilizantes?

O Brasil importa 85% dos fertilizantes consumidos no agronegócio, o que mostra a grande dependência do setor para com os fornecedores deste insumo, segundo dados da ANDA.

O país é o quarto maior comprador mundial de fertilizantes, detendo 8% do consumo global.

O potássio é o principal nutriente utilizado pelos produtores nacionais, com 38% do total importado.

Em seguida, vêm o fósforo (33%) e o nitrogênio (29%). Juntos, os três nutrientes formam a sigla NPK, os três macronutrientes principais da produção agrícola.

O Governo Federal espera reduzir essa dependência em 50% até 2050, com o crescimento do Plano Nacional de Fertilizantes, lançado em 2022.

Nos próximos três anos, estão previstos R$21 bilhões em investimentos na indústria nacional de fertilizantes, de acordo com o Sinprifert, sindicato que representa o setor.

Conclusão

O Brasil caminha para mais uma safra recorde de grãos, com quase 312,3 milhões de toneladas na safra 2023/24, segundo estimativas da Conab.

Os extremos climáticos, típicos de anos de influência do fenômeno El Niño, continuam a ocorrer nas regiões produtoras, atrasando o plantio dos cereais. 

Neste primeiro ciclo de cultivo do grão de milho, é projetada uma produção de 25,3 milhões de toneladas – queda de 7,5% em relação à safra anterior.

Por isso, é essencial ficar atento ao preço dos fertilizantes no mercado e fazer um bom planejamento sobre as necessidades da sua lavoura, usando para isso as tecnologias de agricultura de precisão e digital.

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Mario Bittencourt

Analista de Copywriting da Perfarm, é jornalista e pós-graduado em Agricultura de Precisão e em Ciência de Dados. Faz mestrado em Agricultura de Precisão na Universidade Federal de Santa Maria (UFSM).

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