Gestão financeira no agronegócio: pessoa física X pessoa jurírida

O sucesso da gestão financeira no agronegócio depende de diversos fatores, dentre eles a separação entre o que é pessoa física e jurídica

Gestão financeira no agronegócio (Envato Elements)

Os agronegócios brasileiros são diversificado por natureza. Em sua grande maioria, apresentam algum vínculo ou mistura, com os negócios da família.

Na gestão financeira no agronegócio, a estrutura organizacional do negócio se mistura com a estrutura patriarcal (ou matriarcal) da família.

A diversificação presente neste modelo retrata que, por natureza, haverá competição de recursos entre pessoa física (família) e a pessoa rural (agronegócio).

A falta de policiamento entre a demanda familiar e do negócio pode acarretar em perdas financeiras e comprometimento do patrimônio familiar na gestão financeira no agronegócio.

Entenda agora, o quanto suas decisões diárias podem comprometer a sua gestão financeira no agronegócio. Boa leitura!

GESTÃO FINANCEIRA NO AGRONEGÓCIO FAMILIAR

Quando falamos sobre a gestão financeira no agronegócio, facilmente é destacado costumes e estratégias voltadas às experiências obtidas pela vivência dos antigos gestores.

Seja de caráter positivo ou negativo, estas experiências são arquivadas de forma a caracterizar uma gestão de base empírica: “Faço isso da mesma forma que meu pai sempre fez, pois dá certo”.

A base empírica ainda está presente, e se faz importante enquanto a biologia não se torna uma ciência exata. Mas é justamente ela que, muitas vezes, pode se voltar contra as estratégias de sucesso do agronegócio

CUIDADOS COM A GESTÃO FINANCEIRA NO AGRONEGÓCIO 

A estruturação de uma propriedade familiar apresenta particularidades que não devem ser ignoradas e merecem alguns pontos de atenção no âmbito da gestão.

Compreendem, principalmente, as relações familiares que podem estar associadas à informalidade em processos de gestão e de tomada de decisão.

Quando isso ocorre na gestão financeira no agronegócio, figuram dificuldades no estabelecimento de direitos e responsabilidades  de executivos, dos acionistas e dos funcionários e acarretam em decisões pouco, ou quase nada, embasadas em análises e dados relevantes à realidade de cada agronegócio.

A falta de organização na estruturação da empresa, na gestão financeira no agronegócio, agrava outro fator que é digno de ser considerado, a garantia da segregação das finanças, como um todo – não só de dinheiro.

Na gestão financeira no agronegócio, é essencial separar o que idealmente é advindo da produção do seu negócio (pessoa jurídica) e o que se remete à família (pessoa física).

A falta deste discernimento nos leva a um dos principais gargalos da baixa rentabilidade de uma produção familiar na gestão financeira no agronegócio.

O MEU NEGÓCIO É RENTÁVEL?

Um ambiente mal gerenciado fica sujeito a análises financeiras incompatíveis à realidade do negócio e um dos exemplos, é o alerta de baixa rentabilidade.

Obviamente a baixa rentabilidade pode estar atrelada a desempenhos técnicos produtivos insatisfatórios, mas também, pode ser sintoma de falhas na gestão financeira no agronegócio.

Há diversos aspectos que podem acarretar o diagnóstico irreal do seu negócio, via de regra, relacionados a falhas na gestão financeira no agronegócio:

1. Falha no diagnóstico de eficiência operacional

Um exemplo é a divisão de ativos que são utilizados no ambiente familiar e empresarial.

No caso da discriminação de um carro que é utilizado a campo e a passeio, será necessário mensurar as horas utilizadas nos dois ambientes assim como a quilometragem rodada.

A mesma lógica  será válida para outros recursos como o combustível, sede entre outros que são utilizados em ambos ambientes.

Caso queira saber mais sobre a apuração de custos de produção, clique aqui.

2. Retirada de dinheiro e transações inconsequentes

A retirada de recursos de uma unidade operacional para outra ou até mesmo para as contas familiares pode levar a maus lençóis.

A falta de planejamento na gestão financeira no agronegócio pode acarretar em ações pouco estratégicas, podendo comprometer o sucesso do seu negócio de curto a longo prazo.

3. Erros na conciliação bancária

A conciliação bancária na gestão financeira no agronegócio é uma das atividades que são realizadas no setor de contabilidade de uma empresa.

Assegurar as finanças por meio da comparação entre o extrato bancário com os apontamentos internos financeiros é uma tarefa árdua e sujeita a erros.

Uma das estratégias na gestão financeira no agronegócio, para garantir a veracidade da conciliação, seria o uso de uma ferramenta eficaz que permite verificar pontos críticos e revisar os lançamentos.

4. Despesas excessivas: luxo familiar

Outra situação comumente vista na gestão financeira no agronegócio é o uso indiscriminado do capital do agronegócio para fins pessoais.

Evidentemente a porção de receita obtida pelo agronegócio destinada à família irá variar de acordo com a consciência dos proprietários e acionistas.

Todavia, alguns pontos devem ser bem claros ao estabelecer essa divisão. Os envolvidos deverão evitar tomar decisões afoitas e garantir o planejamento de suas finanças.

Um exemplo de insucesso é o próprio caso da Budweiser, comprada pela Ambev após falhas no gerenciamento financeiro dentre elas, agrados a mais de 200 membros familiares com viagens turísticas custeadas pela empresa.

Cabe ressaltar que o cerne da questão na gestão financeira no agronegócio é o aporte de capital do agronegócio de forma desestruturada.

A luxuosidade é advinda de uma demanda subjetiva e, se bem planejada, não afeta a saúde financeira do seu negócio.

5. Separação de despesas

Para não incorrer a erros, saber diferenciar as despesas entre efetuadas ou planejadas na gestão financeira no agronegócio merece um ponto de atenção.

Entender como realiza a distribuição destas despesas é fundamental para a geração de análises financeiras compatíveis à realidade.

Outro ponto indispensável é a garantia da discriminação de todas as movimentações financeiras, por meio desta será possível assegurar o histórico de movimentações financeiras.

Seja em conta conjunta ou separada (agronegócio x família), o importante é a visibilidade dos números.

Esta visualização se dará através do controle das transações discriminando aquelas que competem à pessoa física daquelas do agronegócio.

GESTÃO FINANCEIRA NO AGRONEGÓCIO E A TOMADA DE DECISÃO ESTRATÉGICA 

A correta separação das despesas na gestão financeira no agronegócio permitirá um diagnóstico mais preciso da saúde financeira familiar como também, permitirá uma lente mais nítida para uma tomada de decisão mais estratégica.

Devido à natureza diversificada do agronegócio familiar, o conflito de interesses e ideias serão pautas recorrentes para discussão.

A competição de recursos vista nesse modelo de negócio nos levará sempre ao dilema de como e onde alocar os recursos: finanças pessoais x finanças da atividade.

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