Coleta de dados: como ela pode evitar prejuízos na produção
O sucesso de qualquer agronegócio depende das decisões tomadas ao longo do tempo, e um grande aliado para isso é a coleta de dados eficiente.
As tomadas de decisão que trazem bons resultados são aquelas bem informadas. Ou seja, baseadas em dados de qualidade e, principalmente, em análises relevantes e bem-feitas.
Ainda, para que estas análises de fato amparem as tomadas de decisão, é preciso que os dados representem fielmente a realidade.
É preciso ter uma equipe engajada para coletá-los.
Demonstrar o porquê dessa atividade, além de minimizar falhas na coleta, será o seu maior aliado na motivação da sua equipe que, quando engajada, irá fornecer dados de boa qualidade para o negócio.
Com isso, a coleta de dados, e consequente qualidade dos mesmos sãp impactadas positivamente, favorecendo melhores decisões que, por sua vez, proporcionarão melhores retornos econômicos ao agronegócio.
Quem não sabe por que faz, faz de qualquer jeito.
Se você coleta dados de campo através de sua equipe, talvez tenha se deparado com as informações incompletas, faltantes ou até mesmo a perda de informações.
Na coleta de dados, ou qualquer tarefa, é muito importante deixar claro quais são os benefícios e resultados esperados dessas ações.
É isso que queremos dizer, ao apresentar o “porquê” das tarefas.
Sua equipe sabe por que coleta dados?
Em outras palavras, é demonstrar como ela impacta todo o negócio, impactando a todos os envolvidos.
Apresentar os resultados das decisões tomadas também é uma maneira eficiente de conscientizar a equipe sobre o motivo de fazer uma boa coleta de dados.
Explicitando que, por serem bem informadas, as decisões proporcionarão melhores resultados.
Portanto, é preciso que os colaboradores entendam a importância da coleta bem feita dos dados, entendendo que as suas ações impactam os resultados do agronegócio e que ela não é feita “em vão”.
A clareza na comunicação do porquê é essencial.
A falha em informar claramente o porquê das tarefas pode ter 3 principais efeitos:
- Desengajamento de equipe, comprometendo a qualidade da tarefa executada;
- Dados que não representam a realidade, pela falta de entendimento da tarefa (e possível desengajamento);
- Falta de dados necessários, pela não coleta dos mesmos (podendo ser fruto do desengajamento).
Dados coletados de maneira falha não fornecem diagnóstico real da situação, resultando em decisões de baixo ou nenhum impacto.
Assim como na medicina, um diagnóstico falho de uma doença leva a um tratamento sem nenhum, ou pouco efeito.
Dados devem ser dotados de relevância e propósito. Sendo assim, melhor a qualidade dos dados colhidos pela equipe de campo, melhor será a eficiência da tomada de decisão.
Então imagine a seguinte situação:
Você pretende aferir seus custos produtivos, para verificar se é possível realizar uma redução dos mesmos, e pede para equipe anotar certos dados das tarefas executadas.
Porém, muitos dos dados fornecidos, referentes aos custos de produção, não representavam fielmente a realidade do que ocorria, acarretando em um diagnóstico falho. Isso o levou a não cortar custos, o que trouxe prejuízos na lavoura ou lote em questão.
Ou seja, os dados impactaram negativamente a qualidade do seu produto final, a decisão tomada.
Algumas vezes isso se dá pelo simples fato de uma má interpretação de como a tarefa deveria ser executada, pois não foi pontuado o motivo da mesma.
Imagine se um colaborador coleta um dado com muita eficiência, diariamente, porém, por não conhecer o real motivo desta coleta diária, passa a coletá-los semanalmente, quando na verdade, você precisava da variação diária dos mesmos.
Quando a motivação da coleta de dados não está clara para o colaborador, este tipo de situação pode ser recorrente.
Além disso, além dos erros que venham a ocorrer na coleta de informações, a equipe também pode se desmotivar, ou desengajar-se, devido ao não entendimento de seu papel para com o todo.
E assim pode-se cair em um ciclo muito prejudicial, pois ter colaboradores que não remam a favor do seu negócio, é uma das principais razões da não coleta de dados (ou má coleta), que já sabemos que trará prejuízos para o agronegócio.
Mas tudo isso se resolve apenas deixando claro o porquê das tarefas?
No exemplo anterior, imagine que a equipe foi instruída, claramente, do objetivo que o agronegócio estava buscando e como a coleta de dados influenciaria nisso.
Você garantiu que melhores resultados trariam benefícios não só para a empresa, mas para todos.
Ao conhecerem o real sentido de uma atividade, pessoas sabem a importância das suas tarefas diárias a executam de maneira mais comprometida.
Com isso, se atentaram durante a tarefa, o que amparou o diagnóstico certo e a tomada de decisão bem informada.
Como resultado final, teremos profissionais engajados com a coleta de dados e preocupados com melhores resultados.
Em seus diálogos, portanto, transparecer os benefícios de melhores resultados para o negócio e assim influenciar a realidade de cada colaborador da empresa, é fundamental para suas tomadas de decisões bem informadas.
Quais as maneiras de, eficientemente, comunicar o porquê das tarefas?
Existem algumas maneiras de se demonstrar o porquê das tarefas realizadas pelos colaboradores. Mas antes de transparecer isso a cada um deles, é preciso ter o motivo claro para você mesmo.
- Avalie por que aquele dado que será coletado;
- Facilite o entendimento da motivação. Utilizar exemplo práticos do dia-a-dia pode ajudar;
- Demonstre os benefícios para todos os envolvidos.
Primeiramente, avalie o intuito dessa tarefa e o que será feito com este dado coletado.
Ele é importante? Para que ele serve?
Tenha isso claro para você, antes de transmitir a sua equipe.
E então, pense em como você vai transmitir essa mensagem para sua equipe, ou colaborador.
Falar em melhorias em margens operacionais ou indicadores específicos, talvez não fique fácil o entendimento do benefício. Utilize exemplos práticos para que o entendimento pleno ocorra.
Por último, demonstre os benefícios que a tarefa trará não apenas para ele, mas para o agronegócio como um todo, sempre os relacionando com o crescimento de todos os envolvidos.
Suponha que você deseja testar um novo adubo e necessita que seja acompanhado o desenvolvimento das plantas em que ele será aplicado.
Convocando uma reunião com toda a equipe, você apresentou a nova composição do adubo e as vantagens que a sua formulação prometia, explicitando os benefícios para a lavoura e, portanto, ao agronegócio.
Com isso, você informou que desejava testar como o cultivo iria reagir a este novo adubo, antes de executar essa mudança no sistema produtivo.
Também apresentou que este teste necessitava de um acompanhamento próximo de todos, para que fossem obtidos os dados necessários para essa tomada de decisão.
Ou seja, você deixou muito claro o motivo da tarefa de se coletar os dados, explicando como isso se relaciona com o sucesso de todos!
Todas estas ações, definitivamente irão ser refletidas na qualidade dos mesmos, amparando a sua tomada de decisões.
O “porquê” garante melhores decisões!
Como foi visto, demonstrar o porquê de uma atividade não é uma tarefa fácil, e não deixar isso claro pode afetar e muito o engajamento da sua equipe, e, também, a qualidade dos seus dados.
O engajamento da equipe se faz mais necessário a cada dia e, gradualmente, compõe a profissionalização da gestão. E, cada vez mais, serviços de gestão especializados neste processo estão auxiliando produtores rurais a engajarem suas equipes e aumentarem seus lucros.
Portanto não deixe de apresentar o porquê sua equipe faz o que faz, principalmente quando o assunto é a coleta de dados. O entendimento e motivação da equipe permite que gestores rurais tomem melhores decisões, e garantam o sucesso da atividade agropecuária.