Controle de estoque: Por que você pode estar perdendo dinheiro?

Uma má gestão do estoque de uma propriedade rural pode tornar uma safra que, em teoria, iria trazer bons resultados, em uma safra de prejuízos ou de resultados inexpressivos. Talvez isso não seja novidade para ninguém.

Contudo, o que muitos talvez não percebam, é que a falta ou má qualidade de dados coletados consiste em um dos principais fatores para inexistência de um controle de estoque efetivo nos empreendimentos rurais.

Apesar de simples, a dificuldade na coleta de dados pode impactar diretamente o seu controle do estoque, seja pela tomada de decisão errônea de compra ou venda de produtos, ou ainda pela ineficiência dessas compras e vendas, o que vai afetar diretamente seus lucros.

Mas como meus lucros estão relacionados ao controle de estoque?

As boas práticas de controle de estoque auxiliam o gestor rural no processo de tomada de decisão estratégica no momento da escolha entre comprar, ou não, insumos para a sua produção. Ou ainda de vender, ou não, produtos acabados.

Por exemplo, no início de uma safra, um gestor rural realizou a compra de novos defensivos agrícolas, sem possuir um controle do que havia sido utilizado deste insumo na safra anterior e se havia restado algum volume deste produto.

Ao receber esta nova compra em sua propriedade, notou que havia sobrado um grande volume de defensivos referente à safra passada e que, além de não possuir espaço físico para armazená-los, desembolsou um valor alto de capital sem necessidade.

Um outro aspecto, é que o estoque desnecessário, fruto do mal controle, é um capital parado do empreendimento rural que poderia estar sendo utilizado para outros fins, muitas vezes que traria maiores retornos, ou ainda, favorecesse a estratégia adotada.

Um capital desembolsado num momento ou recurso errado pode, por exemplo, impedir que haja dinheiro em caixa para realizar a manutenção de uma colhedora que apresentou problemas durante a época de colheita.

O que, por sua vez, poderia gerar um atraso na execução dessa operação, acarretando na perda de produtividade e consequente redução da receita prevista para aquele período.

Nesse sentido, é muito importante manter um controle efetivo de estoque gerando um fluxo contínuo destes produtos e obtendo a informação de quando é o momento correto de realizar a reposição de algum insumo.

O controle de estoque possui um forte elo com a saúde financeira de uma empresa, o que o torna uma parte sensível no processo de obtenção de bons resultados em uma safra ou período.

A essa altura, você já entendeu a importância de um bom controle de estoque, porém deve estar se perguntando: “Mas como eu coleto essas informações de maneira eficiente?”

Então qual é a fórmula mágica para se realizar um bom controle de estoque?

Como toda boa prática, que possui direcionamentos para a efetiva execução, o controle de estoque deve seguir alguns pontos para que seja bem feito.

Mas não existe fórmula mágica para isso, existem formas de tornar isso uma boa prática no empreendimento rural.

O primeiro passo está na necessidade de conscientizar todos os colaboradores a respeito dos ganhos que podem ser obtidos com essa tarefa cotidiana.

Todos os colaboradores devem entender a importância do controle de estoque e devem ser instruídos de como realizar, de maneira efetiva, a coleta dos dados de estoque.

Retomando os exemplos anteriores, nada disso teria acontecido caso o gestor responsável tivesse os dados de quanto foi utilizado, ou do quanto ainda tinha em estoque, o que direcionaria o capital para outros recursos, como a manutenção de máquinas.

Mas, saber que é preciso coletar dados é apenas o começo.

Um bom controle de estoque possui, necessariamente, bons dados

A qualidade dos dados coletados nessa atividade influencia diretamente o poder de impacto da decisão tomada com base no controle de estoque.

Um controle preciso do volume de produção armazenado após a colheita, fornece ao gestor a possibilidade de traçar a melhor estratégia comercial, mitigando riscos de flutuações de preço, por exemplo.

Portanto, deve-se ter claramente qual é a periodicidade e detalhamento ideal dos dados de estoque que devem ser analisados, e quem é o colaborador ideal para coletar essas informações.

Se a compra de determinado insumo é realizada mensalmente, talvez o ideal é que seja realizado o acompanhamento semanal deste estoque, para fornecer a informação mais precisa da quantidade necessária para comprar.

Um ponto muito importante é da necessidade de ter-se uma metodologia consistente e clara de como deve ser feita a coleta, a fim de garantir a qualidade da informação.

Imagine que durante um controle de gado, um funcionário realizou a análise individual dos animais durante o mês 1. No mês 2, um segundo funcionário foi alocado para essa tarefa e realizou o controle por lote de animais.

O gestor rural, que estava precisando da informação individual dos novos animais que ele havia adquirido para o rebanho e, devido à falta de alinhamento da metodologia de controle, provavelmente terá que refazer a coleta de dados, ou terá um trabalho extra para adaptar os dados.

Toda atividade que é feita erroneamente gera um custo a mais para o agronegócio, que poderia estar alocando recursos para outras atividades mais lucrativas.

 

 

O controle de estoque faz parte de algumas práticas de gestão que devem estar cada vez mais presentes no ambiente competitivo em que o agronegócio está inserido. Ainda, a coleta de bons dados é necessária para que práticas como esta, sejam bem realizadas, conferindo grande vantagem competitiva ao agronegócio em questão.

O controle de estoque possui diversas metodologias, porém, atualmente, existem soluções em software capazes de tornar essa prática fácil e, ao mesmo tempo, favorável às melhores decisões ao empreendimento rural.

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Fontes: O controle de estoque de animais na pecuária bovina de corte: uma questão de continuidade (BARBALHO, Valdir. 2005)

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