Gestão profissionalizada: Como vencer a resistência da equipe às mudanças?

A falta de cooperação da equipe torna qualquer processo inviável. Sem o apoio da equipe, a principal ferramenta do negócio, o alcance dos objetivos se torna uma tarefa impossível.

No processo de profissionalização da gestão não é diferente, e o apoio da equipe se torna crucial para o sucesso dessa mudança.

Contudo, todos nós, pessoas, somos resistentes a mudanças em geral, como a mudança nos processos de gestão, por exemplo. E a equipe de trabalho é um organismo que irá funcionar da mesma forma, se não for preparada para isso.

E para isso, é preciso:

– Boa liderança;

– Boa comunicação;

– Utilizar a equipe a seu favor.

 

As mudanças trazem consigo a incerteza, medo, saída da zona de conforto, perda de poder, e isso mexe com toda a equipe, promovendo a resistência.

E a resistência a essa mudança, pode trazer muitos prejuízos: levam decisões mal tomadas, fruto de dados errados, maiores custos com retrabalhos, má execução de tarefas, entre outros, o que aumenta custos e, portanto, diminui os lucros.

Mudanças são necessárias

A resistência a mudanças tem origem, principalmente, na incerteza do amanhã.

Colaboradores muitas vezes acham que as mudanças irão resultar em desempregos ou em algo que os afete, principalmente por acreditarem que não irão se adaptar à nova forma de trabalho.

Segundo Charles Franklin Kettering, inventor americano e co-fundador da Delco Eletronics, “o mundo odeia mudanças. No entanto, é a única coisa que tem trazido progresso”.

E no atual cenário de competitividade global do agronegócio, a otimização de recursos e a maximização de lucros se torna fundamental para o crescimento e sobrevivência das empresas rurais.

As mudanças que trarão estes aspectos vêm no sentido de alterar processos que estão, há anos, operando da mesma forma. E a crença de que um processo “que funcione” e é utilizado por muito tempo, com bons resultados, não precisa ser otimizado, deve ser extinguida.

Como defendido por Peter Ducker, considerado o pai da administração, “o que pode ser medido, pode ser melhorado”. Uma empresa rural que não procurou melhorar a forma de como o controle das atividades planejadas para uma safra é feito, pode estar perdendo lucros.

Imagine acabar executando uma mesma operação por duas vezes, desperdiçando insumos e promovendo prejuízos.

Ou ainda, fazendo projeções erradas de quando será necessário realizar novas compras de insumos, por exemplo.

E tudo isso, passa pela resistência da equipe em coletar dados, ou de se profissionalizar.

Dentro deste processo de mudanças, se faz necessária uma gestão especial para equilibrar as expectativas e receios dos colaboradores, a fim de minimizar as possíveis resistências e, assim, fazer com o que os resultados esperados sejam atingidos.

Mas como facilitar, na prática, a cooperação às mudanças trazidas pela profissionalização da gestão?

Quando são promovidas mudanças em uma organização, vários aspectos como cultura, tecnologias, formas de trabalho e como as pessoas interagem entre si são impactados.

E, no fundo, são as pessoas que mudam (ou devem mudar) e operacionalizam (ou devem operacionalizar) essas mudanças.

Portanto, os colaboradores devem se sentir agentes importantes nesse processo, pois, como sabemos, sem eles nada disso é possível.

Boa liderança é fundamental

E é nesse momento que uma boa liderança é fundamental. A escolha de uma liderança é de extrema importância para a condução do processo e para resolução de conflitos durante a mudança.

O líder não servirá para dizer o que as pessoas devem fazer, mas para coordenar a equipe para que, em conjunto, possam achar uma solução para conduzir essa inovação.

Comunique sempre os benefícios da mudança

E nesse sentindo, a comunicação deve ser a ferramenta mais utilizada nessa missão.

Todos os colaboradores devem estar alinhados quanto aos objetivos e benefícios da mudança, de forma com que se motivem a se adaptarem às mudanças nas formas de trabalho e, assim, vencer a resistência.

Demonstrar quais são os benefícios da gestão profissionalizada, é também crucial para vencer estas barreiras.

Por exemplo, na melhoria de um controle de campo, deve-se deixar claro que este controle permitirá melhores tomadas de decisões para o agronegócio, resultando em um melhor desempenho econômico, beneficiando a todos envolvidos.

Utilize a equipe a seu favor

Em conjunto, em toda equipe existem colaboradores que aceitam mudanças com maior facilidade, e naturalmente se tornam exemplos para os outros.

E estas serão as outras vozes ativas que irão influenciar o restante a aceitar as inovações.

Encontrar estes colaboradores, fará com que eles “trabalhem” em prol da mudança, auxiliando a implantação de novos processos.

Em vista disso, se faz necessário o acompanhamento desde o início até o fim do projeto de implementação da gestão profissionalizada, analisando como a equipe tem se comportado com as mudanças, para que a mudança atinja todo o seu potencial de resultado.

Essa é a forma ideal de conduzir um processo de mudança?

Não existe receita de bolo para coordenar, da melhor forma, uma mudança em uma empresa, fazendo com que todos se adaptem facilmente à inovação.

Cada organização possui um cenário único.

Toda equipe de colaboradores possui a sua forma de funcionar. Como, por exemplo, quais incentivos são bem aceitos pela equipe e como reagem a estes incentivos.

Por isso, se faz necessário que a transformação seja realizada de forma gradativa e bem planejada, dando a oportunidade de se adequar às mudanças às nuances de cada empresa.

Para isso, cabe ao gestor rural estar mais próximo da sua equipe.

Enxergar quem são as lideranças natas, identificando quem possui as melhores características para um determinado serviço, por exemplo.

Estar próximo da equipe traz uma previsão de como esta irá se comportar diante de alguma situação específica, além de monitorar se o plano de ação está trazendo bons resultados com os colaboradores.

Normalmente, sabemos que uma equipe de recursos humanos seria o organismo ideal para gerir um processo de mudança numa organização. Mas este departamento não costuma ser comum nos agronegócios brasileiros.

Portanto, cabe ao gestor rural procurar internalizar certas habilidades para melhor gerir o seu capital humano, ou procurar especialistas em gestão que poderão auxiliar nesse sentido. Para saber mais das soluções oferecidas pela Perfarm, clique aqui.

A redução da resistência a mudanças, principalmente quando ligadas à melhoria de processos ou tarefas ligados à profissionalização da gestão, é um dos principais fatores para maximização de resultados no agronegócio.

E como destacado, se faz necessário!

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