Agricultura familiar e a gestão financeira

O agronegócio brasileiro, grande potência mundial, conta com cerca de 5 milhões de produtores rurais que somam 21,5% do produto interno nacional (Cepea, 2015). O que muitos não sabem, é que mais de 80% destes estabelecimentos agropecuários pertencem a grupos familiares.

A agricultura ou pecuária familiar tem como características a gestão compartilhada pela família e a atividade desenvolvida como a principal fonte de renda.

Além disso, em grande parte dos casos, as finanças familiares (pessoa física) e empresariais (pessoa jurídica) se misturam de tal forma, que a análise do agronegócio se torna muito difícil, devido à grande complexidade na alocação de custos, receitas, investimentos etc. O fato explicita a grande importância que a gestão financeira tem sobre as famílias agro-empreendedoras.

Participação da agricultura familiar no PIB nacional

De acordo com o censo agropecuário de 2006, a agricultura familiar é responsável por grande parte da produção de diversos produtos e ainda tem grande participação em rebanhos efetivos:

Participação da agricultura familiar na produção de produtos agropecuários brasileiros

Agricultura famiiar

Participação da agricultura familiar na produção de proteína animal

Agricultura famiiar

A gestão financeira para a agricultura familiar

Apesar do grande percentual participativo em diversas atividades, uma das grandes peculiaridades da agricultura familiar pode estar acabando com muitos produtores rurais familiares, principalmente as famílias cujo planejamento financeiro é precário ou ainda inexistente.

Em uma empresa, as despesas, receitas, investimentos e outros tipos de movimentação são revertidos para o crescimento (ou sustento) da própria empresa, enquanto que no agronegócio familiar, parte da renda gerada pela atividade rural exercida, vão alimentar a família do proprietário.

A atitude, incontestável (afinal sustentar a família é prioridade neste caso), quando realizada erroneamente pode não sustentar a atividade rural (geradora de renda), comprometendo a sustentabilidade do negócio no longo prazo.

Quando uma empresa não gera receita suficiente para pagar as despesas, ela tem duas saídas: (i) se endividar, ou (ii) vender ativos imobilizados para garantir a liquidez da mesma. O agricultor familiar, principalmente o pequeno, muitas vezes encontra barreiras para adoção de financiamentos e custeios para estes casos, e encontra na venda de ativos imobilizados a saída para alimentar sua família.

Contudo, a venda de ativos como seu rebanho leiteiro, por exemplo, diminuirá sua produção e sua renda nos meses subsequentes, o que pode gerar um efeito bola de neve, o levando à falência.

A terceira saída: a gestão financeira

Neste cenário, a gestão financeira nunca foi tão aliada do agricultor familiar. O planejamento financeiro permite a elaboração de um fluxo de caixa que contorne meses de maior necessidade de caixa da família (seja para um natal mais farto, ou pela chegada de novos integrantes).

Com isso, o empreendedor rural poderá prever meses com maiores despesas e receitas, ajustando o planejamento pessoal dele para que seja condizente com o que sua atividade rural pode lhe fornecer. Além disso, desinvestimentos como a venda de rebanho leiteiro, ou de matrizes suínas, não serão mais realizados pela necessidade de caixa, e sim pelo declínio em eficiência operacional.

Outro ponto extremamente positivo de se realizar uma gestão financeira eficaz é a vantagem que esta traz na obtenção de financiamentos. Bancos credores do setor, principais fontes de financiamento para o agricultor familiar, precisam de um planejamento financeiro realista e profissional, para suas análises na decisão de fomentar ou não recursos ao setor.

A tecnologia, mais uma vez

Uma gestão financeira profissional muitas vezes é associada a altos custos, o que inviabilizaria as demais responsabilidades (sustento familiar) da atividade rural para o agricultor familiar. A boa notícia, é que a tecnologia, ainda não muito presente no agronegócio, veio para mudar a forma com que a gestão financeira era feita no passado.

Através de ferramentas de gestão, análises são realizadas com alta granularidade e velocidade, a custos muitos menores do que eram feitas no passado, auxiliando agricultores familiares a otimizarem a gestão financeira de suas propriedades.

A agricultura familiar tem uma enorme participação no agronegócio brasileiro. O fato de agricultores familiares tirarem o sustento da atividade rural exercida urge a necessidade de uma gestão financeira extremamente eficaz.

Por diversos motivos, a tecnologia barateia e aperfeiçoa a gestão financeira do agricultor familiar, e seus benefícios incluem: alavancagem de seus retornos financeiros, facilitação na obtenção de financiamentos, oferecimento de análises extremamente elucidativas, entre outros que  aproximam o agricultor familiar do sucesso de sua atividade.

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